Estas são, geralmente, as primeiras palavras que introduzo nas minhas formações de Marketing. Lembro-me como se fosse hoje. Na minha primeira formação houve imensa risota global, como era de esperar, mas hoje, compreendem, ou não, que de facto existe alguma lógica associada ao sentido da palavra, no que diz respeito a empresas no geral.
A libido é o impulso vital para a auto-preservação da espécie humana, portanto, “O MARKETING”, é nada mais que o impulso vital para a auto-preservação da espécie empresarial.
Os conceitos de Marketing têm como objetivo superar a concorrência e as expectativas do cliente. Mas como fazer isso? Perguntamos nós.
Começando pelo princípio...
1. Mas como?
O pensamento estratégico de Sun Tzu face a eventos militares é atualmente aplicado à realidade das empresas em geral, como fator decisivo para obter e preservar vantagens competitivas. Onde antes existiam impérios em guerra na conquista e expansão de território, hoje existem empresas na conquista e expansão de mercado.
...se conheces o inimigo e te conheces a ti próprio, não tens que temer o desenlace de cem batalhas…
– Sun Tzu
Quando uma empresa se inicia no campo de batalha, que é o seu mercado, é essencial conhecer bem o cliente a quem se dirige e as suas características, bem como conhecer o seu produto. O esforço de um empresário centra-se em ultrapassar o conhecimento que a concorrência detém, podendo daí resultar a sua diferenciação e definição de posicionamento.
Conhecer o cliente e a concorrência é algo que também ajuda a definir o produto.
Mas, muitas vezes o que o cliente deseja pode não corresponder ao que o cliente necessita. O segredo está em ultrapassar as expectativas do cliente. Na verdade, os clientes procuram experiências e emoções. Daí eu dizer que a libido equilibrada nas empresas, apresenta uma característica importante que é a sua mobilidade, ou a facilidade de alternar entre uma área de atenção para outra.
Quem vender somente o produto será rapidamente ultrapassado.
Depois de conhecer o cliente, o produto e a concorrência, é necessário definir uma estratégia.
2. Onde? É a pergunta que se impõe.
Na construção de uma estratégia de marketing, a definição dos objetivos, é o primeiro passo a tomar. Onde é que queremos chegar e em quanto tempo? Uma empresa tem que saber definir objetivos mensuráveis e ambiciosos, mas alcançáveis. Tem que haver um entendimento entre os diferentes colaboradores e o compromisso de que todos irão contribuir para o seu cumprimento. A inexistência de objetivos mensuráveis é uma das principais razões pelo qual muitas empresas não têm sucesso.
Depois da determinação dos objetivos é necessário definir como os vamos alcançar. Onde vamos produzir o nosso produto e onde o vamos distribuir? Onde estão os nossos clientes? Onde vamos comunicar o nosso produto? Todas estas perguntas são fundamentais, e encontrar a resposta mais eficaz é a chave para uma estratégia de marketing diferenciada e sustentável.
Depois do “Onde?” superado, começa o verdadeiro desafio. A partir do momento em que a estratégia é colocada em prática, é necessário uma atenção e otimização contínuas, pois “Trabalhar em marketing é como estar num namoro, é preciso surpreender constantemente”.
3. É preciso surpreender constantemente.
Se observarmos com atenção as empresas líderes de mercado, e o seu percurso ao longo da história, conseguimos encontrar um padrão. Todas elas foram criadas por alguém genuinamente apaixonado por aquilo que fazia, e que transmitiu essa paixão para a cultura da empresa. “É preciso constantemente despertar a libido da parceira = cliente”
Estar apaixonado é estar num estado de exaltação constante e querer sempre mais e melhor, e esta é a atitude que um empresário deve assumir no mercado. As empresas devem adotar as ferramentas mais indicadas de controlo e monitorização de resultados e fazer a sua avaliação de acordo com os objetivos propostos. E tal como de um namoro se tratasse, tomar as medidas de correção ou preventivas para que a paixão dos clientes não se esmoreça. Os clientes e o mercado estão em constante mutação e é preciso surpreende-los constantemente, caso contrário, alguém o fará.
Ana Farinha
Gestora de Marketing e Comunicação